quinta-feira, 30 de abril de 2009

…a memória é-nos infiel


a lua em extâse visita o leão e veste-se de fogo.
confunde-se com o sol ardente na escuridão iluminada da noite.

algures no alentejo
no meio do campo e com o perfume a maresia por perto
a lua estava assim nessa noite.
o prazer da brisa quente pedia que eles parassem o veículo
e desligassem o chillout.

cheiros inebriantes e sons de bichos confundiam-se com a terra.

a vegetação ondulante ditava os ritmos. 
inspiraram  os seus néctares.

atenta. estava uma fêmea. 

os seus olhos enormes e doces contrastavam com os cornos 
que ameaçavam passar a cerca de arame que dividia  o caminho de terra com o seu território.
onde a vegetação estava ondulante.

todos perceberam que aquela não era uma lua qualquer…

cumplicidades de animais.





2 comentários:

Mito disse...

A tua escrita, torna-me minusculo nas memórias...
e paisagens que outrora seriam dessoladoras(???),passam a ser fantásticamente deslumbrantes.

bjs

mel disse...

a tua escrita, inspira-me... e encorajou-me a estas histórias.


bjs